viernes, 12 de junio de 2009

Critica de FRONTEIRAS por J.C. MILLER JRS.

Mudei minha programação (em função da virose) e para poder ver um segundo texto do dramaturgo argentino Santiago Serrano.


FRONTEIRAS

Novamente uma estréia...

E por isso a sonoplastia ainda necessitando ser afinada.


O fio condutor passa por: desesperança. desespero, frustração, humilhação... deficiência de serotoninas.

Serrano propõe reflexões sobre os limites existentes nas relações pessoais, chegando próximo da solidão coletiva e a impossibilidade do convívio humano.
A narrativa é apoiada por uma carpintaria cênica embasada em diálogos rápidos e silêncios longos: pontuais que vão a um crescente que chega a indiferença.

Não obstante a profundidade reflexiva é um trabalho leve, imagino que pelas sugestões de Guilherme Reis na construção de caminhos. Nessas propostas de caminhos (contaminadamente) senti uma tênue presença de Eldorado.

Cenografia simplíssima quase despretensiosa, porem magistralmente executada e que possui presença fundamental sendo uma “mega escada” para os (bons) atores Chico Sant’Anna (Tonito) e Sérgio Fidalgo (Pascual).

O embate entre os personagens é complexo e até cruel, as metáforas sofisticadíssimas e de difícil compreensão... O texto nos propõe inúmeras “leituras” simultâneas.

O cinismo do inicio acaba por tornar-se pueril, vem escatologicamente, que eu senti como uma regressão ao útero... cumpriu seu papel e uniu heroicamente Tonito e Pascual.A exploração do universo feminino possui claramente o “olhar” do “macho alfa” em uma postura de profunda ancestralidade, mas mesmo assim é quando o texto demonstra sua maior força.Há um aroma de Cervantes em alguns momentos, mas é tênue e até agradável.

Senti-me só!!!
J.C. MILLER Jrs.
Link com fotos de ELDORADO:

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