miércoles, 15 de mayo de 2013

ELDORADO EN VIGO



Eldorado en Vigo
19 de abril de 2013
Estamos en España, donde presentamos “Agora e na Hora de Nossa Hora” (con mi dramaturgia y dirección de Verônica Fabrini) y “Eldorado” (con dirección de Marcelo Lazzaratto y dramaturgia de Santiago Serrano) en la Muestra Internacional de Tetro Universitario de Orense – MITEU. La muestra es anual  y,  además de trabajos de estudiantes de nivel superior, presentan trabajos profesionales convidados – donde estamos incluídos. El primer trabajo será llevado a escena hoy, a las 23h en el Auditório Municipal de Orense, el otro fue presentado en Vigo, también en su Auditório Municipal, el dia 17 de abril de 2013, a las 21h.
La presentación de “Eldorado”, dos dias atrás, fue un pequeño milagro. No me refiero a la calidad de mi actuación o del espectáculo como un todo – que,  dígase, fue bastante favorecida por el bonito teatro. Me refiero a los pequeños encuentros posibles, a la vida y al teatro. Después de atravesar el Atlántico para las presentaciones, aquí, nos encontramos al dramaturgo de “Eldorado”, Santiago Serrano. Él había estado antes en Grenoble, en Francia, donde participó de un coloquio sobre dramaturgia. Después, viajó de paseo a Lisboa. De ahí, vino a asistir al estreno internacional del espectáculo.
 La  casualidad ya sería grande – encontrar tan distante y de manera no planeada a un compañero fundamental del trabajo.  Pero no fue todo.  En esta ciudad, Serrano estuvo, hace cuatro años, acompañado del actor argentino Jorge Rodríguez.  El actor, falleció hace dos años, fue compañero de vida  y de creaciones de Serrano. Los dos estuvieron en Vigo justamente porque quisieron conocer la terra de los antepasados  de Jorge, su historia de vida, sus raíces – su familia emigró de un pequeño pueblo próximo a Ourense para a Argentina, donde Jorge nació.
La magia de la vida lleno de significados al texto de Santiago: “¿Estas pensando lo mismo que yo?”, pregunta el personaje ciego de la obra. “Si, es mi tierra, la tierra de mi madre! Pero por qué  es que vuelvo aquí?  Siempre sucede la misma cosa! Yo quiero dejar el pasado atrás, pero él siempre está a mi frente!”, completa.
A veces, el teatro insinúa  la  vida a su manera. Otras, es la vida misma que nos enseña  a estar en el  escenario.
Eduardo Okamoto.
Traducción del texto escrito por Eduardo Okamoto en su blog

martes, 14 de mayo de 2013

ELDORADO em Vigo



Eldorado em Vigo

Estamos na Espanha, onde apresentamos “Agora e na Hora de Nossa Hora” (com minha dramaturgia e direção Verônica Fabrini) e “Eldorado” (com direção de Marcelo Lazzaratto e dramaturgia de Santiago Serrano) na Mostra Internacional de Tetro Universitário de Ourense – MITEU. A mostra é anual e, além de trabalhos de estudantes do ensino superior, apresenta trabalhos profissionais convidados – onde estamos incluídos. Enquanto que o primeiro trabalho será levado à cena hoje, às 23h no Auditório Municipal de Ourense, o outro foi apresentado em Vigo, também no seu Auditório Municipal, no dia 17, às 21h.

A apresentação de “Eldorado”, dois dias atrás, foi um pequeno milagre. Não me refiro à qualidade da minha atuação ou do espetáculo como um todo – que, diga-se, foi bastante favorecido pelo bonito teatro. Refiro-me aos pequenos encontros possíveis à vida e ao teatro. Depois de atravessarmos o Atlântico para as apresentações, aqui, encontramos o dramaturgo de “Eldorado”, Santiago Serrano. Ele estava, antes, em Grenoble, na França, onde participava de colóquio sobre dramaturgia. Depois, a passeio, estava em Lisboa. Dali, veio assistir à primeira estreia internacional do espetáculo.

A casualidade já seria grande – encontrar tão distante e de maneira não planejada um parceiro fundamental do trabalho. Mas não foi tudo. Nesta cidade, Serrano esteve, há quatro anos, acompanhado do ator argentino Jorge Rodriguez. O ator, falecido há exato um ano, foi companheiro de vida e de criações de Serrano. Os dois estiveram em Vigo justamente porque gostariam de conhecer a terra dos pais de Jorge, sua história de vida, suas raízes – sua família emigrara de um pequeno povoado próximo a Ourense para a Argentina, onde Jorge nasceu.


A magia da vida preencheu de significados o texto de Santiago: “Você está pensando o mesmo que eu?”, pergunta o personagem cego da peça. “Sim, é minha terra, a terra de minha mãe! Mas por que é que eu volto aqui? Sempre acontece a mesma coisa! Eu tenho que deixar o passado para trás, mas ele está sempre na minha frente!”, completa.

Às vezes, o teatro insinua à vida a sua própria face. Outras, é a vida mesmo que nos ensina a estar no palco.