Título faz referência ao modus vivendi do casal, seres reclusos, de outro tempo, deslocados no espaço urbano
SÃO PAULO - É intensa a relação do autor argentino Santiago Serrano com o Brasil. Semana passada ministrou uma oficina de dramaturgia como parte da programação do Cena Contemporânea, o Festival Internacional de Teatro de Brasília. Não foi a primeira. Em 2006, a reportagem do Estado acompanhou, na mesma capital, um dia de ‘aula’ de Serrano. Em São Paulo, sua peça A Revolta foi encenada pela companhia Kaus, em 2007, sob direção de Reginaldo Nascimento, e seu texto publicado pelo grupo. E acaba de cumprir temporada no Teatro Imprensa o solo de Eduardo Okamoto, Eldorado, escrito a quatro mãos pelo ator e por Santiago.
Pois toda essa relação começou em 2005 com a bela encenação de Dinossauros, peça de sua autoria, que o diretor Guilherme Reis ‘descobrira’ pela internet. Desde então vem circulando pelo Brasil e já se articula uma temporada em Buenos Aires. Finalmente passa por São Paulo, a partir de hoje. Dois bons intérpretes - Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi - e uma extrema delicadeza para tratar sentimentos fazem a qualidade dessa montagem. O título faz referência ao modus vivendi do casal, dois seres reclusos, de outro tempo, deslocados no espaço urbano.
Ela há muito só se dedica a cuidar da mãe, ele vive um casamento opressivo. Mas isso é coisa que só se sabe ao longo do tempo. É daqueles espetáculos que provocam estranhamento inicial. De início, não se entende bem onde se dá a ação. "É uma grande cidade, poderia ser uma praça ou ponto de ônibus, mas preferi não definir", diz Reis. Interessante como o autor reflete no comportamento deles o isolamento típico dos grandes centros: falam a custo, temem toda aproximação. Mas se dá um improvável encontro. E aí... É ver.
Dinossauros. 55 min. 12 anos. CCBB (125 lug.). Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. De 5.ª a sáb., 19h30; dom., 18 h. R$ 15. Até 20/9
Pois toda essa relação começou em 2005 com a bela encenação de Dinossauros, peça de sua autoria, que o diretor Guilherme Reis ‘descobrira’ pela internet. Desde então vem circulando pelo Brasil e já se articula uma temporada em Buenos Aires. Finalmente passa por São Paulo, a partir de hoje. Dois bons intérpretes - Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi - e uma extrema delicadeza para tratar sentimentos fazem a qualidade dessa montagem. O título faz referência ao modus vivendi do casal, dois seres reclusos, de outro tempo, deslocados no espaço urbano.
Ela há muito só se dedica a cuidar da mãe, ele vive um casamento opressivo. Mas isso é coisa que só se sabe ao longo do tempo. É daqueles espetáculos que provocam estranhamento inicial. De início, não se entende bem onde se dá a ação. "É uma grande cidade, poderia ser uma praça ou ponto de ônibus, mas preferi não definir", diz Reis. Interessante como o autor reflete no comportamento deles o isolamento típico dos grandes centros: falam a custo, temem toda aproximação. Mas se dá um improvável encontro. E aí... É ver.
Dinossauros. 55 min. 12 anos. CCBB (125 lug.). Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. De 5.ª a sáb., 19h30; dom., 18 h. R$ 15. Até 20/9
Beth Néspoli, de O Estado de S. Paulo
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,dinossauros-peca-do-argentino-santiago-serrano,436183,0.htm
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