miércoles, 16 de septiembre de 2009

DINOSSAUROS CHEGA A CCBB DE SAO PAULO

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
Do dia 17 até o dia 20 de septembro
Duração: 55 minutos. Classificação indicativa: 12 anos.
Quinta a sábado, às 19h30Domingo, às 18h
R$ 15,00 e R$ 7,00 (meia)


“Dinossauros” leva para a cena, com humor e sensibilidade, a solidão dos cidadãos comuns habitantes das grandes cidades.
É Madrugada. No banco de uma estação de trens, que também pode ser o banco de uma praça ou de rua qualquer, se dará o encontro casual entre dois desconhecidos, Silvina e Nicolas. Estes personagens, aparentemente, muito diferentes, são unidos por um sentimento comum: a solidão. A partir deste foco, o autor argentino Santiago Serrano cria situações inusitadas e muito poéticas no texto Dinossauros, que pela primeira vez é encenado no Brasil, sob direção de Guilherme Reis. Em cena estão os atores Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi.
Trata-se de um espetáculo que fala da sensibilidade e da busca da felicidade, num mundo cada vez mais opressor. Sentimentos como a ingenuidade, a ternura, a verdade, caracterizam os personagens Silvina e Nicolás, desenhando-os como verdadeiros seres em extinção, como dinossauros que, para não desaparecer, precisam inventar um futuro possível. Silvina e Nicolás lutam pelo direito de escapar da rotina que comprime a alma, pelo direito de escolher ser feliz, de voltar a se apaixonar, de ser criança de novo, de abraçar a vida com o coração e os dentes, pelo direito de voltar a ter esperança. E estes simples direitos fazem com que os mais estranhos deste mundo, os dinossauros confundidos e extraviados nas ruas das grandes cidades, sacudam o pó dos tempos e voltem a ganhar vida, apostando, desta vez, em ser, um pouquinho, mais felizes. Afinal, nunca é tarde.
Os dois se relacionam a partir de jogos e confissões, apresentados com humor e emoção. Nesta obra, o autor Santiago Serrano busca sua poética na simplicidade da história e na linguagem terna e humana.
A peça estreou em 1991, na Argentina, obtendo o prêmio de Melhor Obra Original e menção de Melhor Espetáculo no festival organizado pelo Centro Cultural General San Martín, de Buenos Aires. Em 2000, “Dinossauros” foi encenada no Canadá e nos Estados Unidos. Também recebeu montagens em Montevidéu, no Uruguai, e em Lima, no Peru. Depois de temporadas de sucesso em Brasília e no Rio de Janeiro, a montagem, dirigida por Guilherme Reis, foi convidada a fazer apresentações no FILO – Festival Internacional de Londrina e no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto.

Histórico do Espaço Cena
O Espaço Cena nasceu em 2005 em Brasília como uma ação permanente do Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília. É um pequeno espaço cênico que se dedica a difundir informações sobre teatro contemporâneo e à pesquisa de linguagem cênica. O Espaço vem sendo utilizado por diversas companhias jovens de Brasília e desenvolve atividades também na área do vídeo e da música.
Em 2005 formou-se um pequeno núcleo de profissionais para a produção de espetáculos com foco na dramaturgia e a interpretação. "Dinossauros" foi o primeiro espetáculo criado por este núcleo. No entanto, seus atuais integrantes são profissionais reconhecidos que trouxeram para o Espaço décadas de trabalho e de experiência junto a outros grupos e companhias da cidade.
O autor Santiago Serrano
Autor e diretor argentino, nasceu em 12 de maio de 1954. Iniciou sua carreira de dramaturgo em 1978, estudando no Conservatório Nacional de Arte Dramática. Realizou estudos teatrais com Néstor Raimondi, Inda Ledesma, Manel Barceló (Espanha), Williams Wilcox Horme (EUA), Enrique Buenaventura (Colômbia) e Aristides Vargas (Equador). Escreveu seu primeiro texto teatral "La Revuelta", em 1984, que estreou em Buenos Aires, onde permaneceu em cartaz durante três anos. Foi encenada depois pela Comédia Nacional Uruguaia. Em 1991, dirigiu sua obra "Dinossauros", que recebeu o Prêmio de Melhor Original e Menção Especial de Melhor Espetáculo no Festival de Teatro do Centro Cultural Gral. San Martín, de Buenos Aires. En el 2000, a peça foi representada em Quebec (Canadá), em castellano e posteriormente traduzida para o inglês, é encenada em Indiana (USA). Santiago é autor ainda de outros textos como "Entre Nos", "Carne Gaucha", "Emperador Nicandro", "Yocasta, el hueco oscuro", etc. En 1987, o autor e diretor criou o Grupo Teatral Encuentros, com o qual vem trabalhando até os dias atuais. Santiago Serrano é também licenciado en Psicología, pela Facultad de Psicología de la Universidad de Buenos Aires.
O diretor Guilherme Reis
Ator, diretor, roteirista e promotor cultural, atuou, entre outras, nas seguintes peças: "Os Saltimbancos", “O Noviço”, “A Vida É Sonho”, “Arlequim Servidor de Dois Amos” e “Álbum Wilde”, todas sob direção de Hugo Rodas; “O Exercício” e “Pequenos Burgueses”, sob a direção de B. de Paiva; “Caça aos Ratos”, sob a direção de Antonio Abujamra; “Mão na Luva”, sob a direção de Zeno Wilde e “Vestido de Noiva”, sob a direção de Adriano e Fernando Guimarães.
Dirigiu diversos espetáculos com destaque para "A Revolução dos Bichos" (1980), "Pedro e o Lobo" (1983 e 1994), “Reta do Fim do Fim” (Prêmio Villanueva de Melhor Espetáculo Estrangeiro de 1997 em Cuba), “Movimentos do Desejo” (1998), “Reveillon”, considerado um dos cinco melhores do ano pela crítica especializada (1999) e “Dinossauros” de Santiago Serrano, com Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi (2005).
Em cinema atuou nos filmes "O Sonho Não Acabou" de Sérgio Resende; "A República dos Anjos" de Carlos Del Pino; "Louco Por Cinema" de André Luiz Oliveira, "O Cego Que Gritava Luz" e “O Tronco”, ambos de João Batista de Andrade e “Sagrado Segredo, de André Luis Oliveira (em finalização). Foi responsável pelo casting e preparação de atores do filme ”As Vidas de Maria”, longa-metragem de Renato Barbieri. É co-roteirista e diretor de elenco de “A Conspiração do Silêncio”, longa-metragem de Ronaldo Duque.
Dirigiu o show Solidariedade Noruega Brasil, com participação de músicos noruegueses, Naná Vasconcelos, Daniela Mercury e Beth Carvalho; fez a direção geral da cerimônia de apresentação e premiação do XXX e XXXI Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (1997 e 1998).
Dirige os festivais Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília (1995 a 2006) e Planeta Circo (2002/2004), ambos realizados em Brasília. Criou a Cena Promoções Culturais Ltda. (2001), onde coordena a realização de dezenas de projetos culturais e o Espaço Cena, um pequeno teatro com capacidade para 70 espectadores (2005). Atualmente está envolvido com turnês do espetáculo “Dinossauros”, com a realização da oitava edição do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília e a produção do espetáculo “Os Demônios” com estréia prevista para maio de 2007, sob a direção de Antonio Abujamra.
Os atores
CARMEM MORETZSOHN
Carmem Moretzsohn atua como atriz desde 1980, tendo trabalhado em teatro com os mais importantes diretores de Brasília, em cinema com diretores de renome e jovens realizadores e na televisão, em programas jornalísticos e de entretenimento. Integrou a Companhia dos Sonhos, de Hugo Rodas, desde a criação do grupo, em 1999, tendo sido assistente de direção na montagem de Arlequim Servidor de Dois Patrões, de Carlo Goldoni. Como atriz da Cia dos Sonhos realizou Álbum Wilde, de Oscar Wilde, e Rosanegra – uma saga sertaneja, na qual desempenhou também a função de autora do texto. Sua parceria com Hugo Rodas é antiga e já rendeu vários trabalhos como The Globe Circus – Shakespeare in Concert, de William Shakespare, Viúva Porém Honesta, de Nelson Rodrigues - direção de Adriano e Fernando Guimarães e Hugo Rodas, e O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchecov. Com os diretores Adriano Guimarães e Fernando Guimarães fez o Ciclo de Leituras Dramáticas: Esperando Godot, de Samuel Beckett, Entre Quatro Paredes, de Jean Paul Sartre, e Dorotéia, de Nelson Rodrigues, Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, Kyrie para Teresa de Ávila e Provisoriamente Paixões, de Marguerite Youcenar. Recebeu prêmio de melhor atriz de Brasília no ano de 1987, pelo trabalho em Quatro Mulheres, escrito e dirigido por Marcelo Saback. Em cinema, já participou de cinco longas-metragens (O Círculo de Fogo – Direção de Geraldo Moraes; Césio 137 – Direção de Roberto Pires; A República dos Anjos – Direção de Carlos Del Pino; O Cego que Gritava Luz – João Batista de Andrade; e Celeste & Estrela – Direção de Betse de Paula (ainda inédito) e dois curtas premiados: Áporo, de André Luiz da Cunha e The Book is on the table, de Betse de Paula. Em televisão, foi apresentadora dos programas Cineclube Banco do Brasil, da TV Bandeirantes, e Estação Ciência, da extinta TV Manchete, ambos de veiculação nacional, além de protagonizar campanhas nacionais para o Ministério da Fazenda, a Caixa Econômica Federal, a TV Escola, entre várias outras.

MURILO GROSSI
Ator, com formação pela Universidade de Brasília e pelo Teatro da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL, RJ), Murilo Grossi é também saxofonista, formado pelo Conservatório Dramático e Musical de Tatuí (SP). Atua em teatro desde 1980, tendo estreado como integrante da banda musical que executava ao vivo a trilha sonora do espetáculo A Revolução dos Bichos, dirigido por Guilherme Reis. Fez parte do grupo Paletó e Gravata, um dos mais curiosos da história cênica de Brasília, com o qual fez várias apresentações em Brasília e outros centros. Atuou sob direção de encenadores como Hugo Rodas (O Olho da Fechadura, The Globe Circus Shakespeare e Bertold Brecht – 100 Anos) e Adriano e Fernando Guimarães (A Distância da Lua e As Desgraças de uma Criança). Protagonizou o espetáculo Cartas de um Sedutor, uma adaptação de obra de Hilda Hilst, que fez temporada em Brasília e no Rio de Janeiro. Tem extensa carreira cinematográfica. Foi protagonista de premiados filmes de José Eduardo Belmonte (Três, 5 Filmes Estrangeiros, Tepê e A concepção). Integra o elenco de produções como O Cego que Gritava Luz, de João Batista de Andrade, Doces Poderes e Brava Gente Brasileira, de Lúcia Murat, A Guerra dos Canudos e Mauá, o Imperador e o Rei, de Sérgio Rezende, Terra de Deus, de Iberê Camargo, O Casamento de Louise e The Book is on the table, de Betse de Paula, Filhas do Vento, de Joel Zito Araújo, Veneno da Madrugada, de Ruy Guerra, e Batismo de Sangue, de Helvécio Raton. Murilo Grossi também tem construído uma sólida carreira na televisão, compondo o elenco de novelas como Estrela Guia, O Clone, Da Cor do Pecado, Celebridade e América, seriados (Os Aspones, Carga Pesada, A Diarista e Carnaval) e minisséries como a recente JK.

Ficha Técnica:
Autor: Santiago Serrano
Direção e iluminação: Guilherme Reis
Elenco: Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi

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