jueves, 30 de septiembre de 2010

A REVOLTA - Comentario em Pernambuco

A Revolta.

Por Ozzi Cândido.

Por esses dias, especificamente no dia vinte e três de setembro, fui ao teatro aqui em Limoeiro, Pernabuco. Mas, fui ao teatro com grande entusiasmo. Fui assistir pela décima segunda vez o grandiosíssimo Espetáculo “A Revolta”, do autor Argentino e amigo Santiago Serrano. Acompanhei o espetáculo assim que nascerá, o mesmo muito me encantou desde o berço da produção.
Mas, nessa última apresentação em casa, no Galpão das Artes, pontinho de cultura abençoado pelo Ministério da Cultura Brasileira, foi diferente. O ar tinha cheiro, cheiro impregnado de alma, de vinho. O texto possuía entranhas, espirito e pernas, mãos que podia apalpar a plateia, que tinha ao mesmo tempo poder, de seduzir, de dançar sobre nossos corpos, de nos inflamar em carne viva.
Dias depois o espetáculo iria participar de um importante Festival de teatro a alguns muitos quilômetros de casa, onde ganhou o prêmio de melhor Espetáculo para a não minha surpresa. Além de receber indicações para melhor ator, melhor ator coadjuvante e melhor figurino.
O prêmio, todavia, não me chamou com fatalidade a atenção. Fiquei imensamente feliz. A competência da trupe sem sombras de dúvidas não nos deixa a desejar.
O que desejo, de alma aqui registrar foi à emoção e o esplendor textual encenado que vive naquela noite do dia vinte e três de setembro. Os atores dançavam sobre o palco, havia ali uma magia, um sobrenatural que me fazia transbordar a alma por meus olhos e poros.
Cito aqui a Malva, personagem particularmente adorado por mim e a intrigante e amordaçada Sara. O não-dito do texto, a peculiaridade transmitida pelo Santiago Serrano ao escrever tão magnifico personagem, o esplendor facial e interior do jovem e grande ator Guilherme de Paula que, com olhares e lágrimas arrancara turbilhões de emoções e lágrimas incapazes de serem contidas dentro de mim. Outro que devo, com orgulho aqui citar, é a métrica tão bem aperfeiçoada que o ator e diretor Charlon Cabral impregna em seu personagem Malva.
“Nunca consigo, apesar de conhecer de perto intimamente, reconhecer o Charlon enquanto Malva.” Falo demasiadamente e quase que incontrolável após assistir o espetáculo.
Tenho a mania de me colocar, como então escritor, no lugar do autor de todas as obras que venho a assistir, e posso afirmar, sem medo que regeram com maestria, profissionalismo, sensibilidade e ousadia essa deleitosa obra escrita pelo estimado Santiago Serrano.
Se eu tivesse que atribuir uma nota para essa décima segunda vez que assisto ao espetáculo, sem dúvidas eu diria que fora um orgasmo intelectual e sensibilíssimo, um orgasmo múltiplo sem dúvidas, acréscimos exagerados nem diminutivos.




Limoeiro, Pernambuco. 27 de setembro de 2010.


Ao estimado Santiago Serrano, por me privilegiar com tão adorável obra.

Ozzi Cândido.
É escritor, Poeta Pós-modernista e contemporâneo. Com obras consagradas tanto no ímpeto do território nacional bem como também internacional.

http://www.emporiodasideias.blogspot.com/

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