Fotografia: Fernando Stankuns
Uma viagem ao som da Rabeca
"Eldorado", com Eduardo Okamoto, é uma jornada pelas expressões culturais do interior do Brasil
A Rabeca é um dos instrumentos mais curiosos e interessantes que existem no país. A princípio, ela é uma espécie de primo pobre do nobre e europeu violino. Essa semelhança não é mera coincidência e está dentro do que a cultura popular brasileira absorveu da sofisticação européia em tempos de colonização. O brasileiro construiu o seu violino e saiu tocando de norte a sul e ela pode ser encontrada desde registros musicais nordestinos até a música caiçara, o Fandango, na ilha de Superagui, no Paraná.
Seguindo essa curiosa história, o ator Eduardo Okamoto iniciou uma investigação do instrumento e também das peculiaridades da cultura desenvolvida à sua volta e uma de suas expressões musicais que é o Fandango. Entre os lugares que percorreu estão as cidades de Iguape e Cananéia, no litoral sul de São Paulo, que, não por coincidência, está muito próxima da ilha paranaense onde o Fandango é música que embala as noites e marco da cultura.
Dessa pesquisa nasceu o personagem do espetáculo Eldorado, que trata desse universo da música popular brasileira. A trama conta a história de um cego que caminha em busca de seu eldorado, uma cidade mitológica onde se escondem vastas riquezas. Em sua jornada ele identifica as singularidades do povo brasileiro pelo interior do Brasil.
A dramaturgia de “Eldorado”, do psicanalista argentino Santiago Serrano, faz uma delicada ligação do personagem com o instrumento, que assume o lugar de “companheiro de viagem”.
Seguindo essa curiosa história, o ator Eduardo Okamoto iniciou uma investigação do instrumento e também das peculiaridades da cultura desenvolvida à sua volta e uma de suas expressões musicais que é o Fandango. Entre os lugares que percorreu estão as cidades de Iguape e Cananéia, no litoral sul de São Paulo, que, não por coincidência, está muito próxima da ilha paranaense onde o Fandango é música que embala as noites e marco da cultura.
Dessa pesquisa nasceu o personagem do espetáculo Eldorado, que trata desse universo da música popular brasileira. A trama conta a história de um cego que caminha em busca de seu eldorado, uma cidade mitológica onde se escondem vastas riquezas. Em sua jornada ele identifica as singularidades do povo brasileiro pelo interior do Brasil.
A dramaturgia de “Eldorado”, do psicanalista argentino Santiago Serrano, faz uma delicada ligação do personagem com o instrumento, que assume o lugar de “companheiro de viagem”.
O processo de montagem sustentou-se na interação do material levantado por Okamoto em suas pesquisas e a criação literária de Serrano. Trata-se de uma recriação da realidade dos rabequeiros que dá aos espectadores a oportunidade de se exercitar, abrindo os olhos para os pequenos acontecimentos poéticos do cotidiano.
A direção é de Marcelo Lazzaratto, que orquestrou as criações do autor e do ator. Parte da trilha sonora de Eldorado, criada por Luiz Henrique Fiaminghi, é tocada ao vivo por Eduardo Okamoto, que usa a rabeca como instrumento.
A direção é de Marcelo Lazzaratto, que orquestrou as criações do autor e do ator. Parte da trilha sonora de Eldorado, criada por Luiz Henrique Fiaminghi, é tocada ao vivo por Eduardo Okamoto, que usa a rabeca como instrumento.
Formação do ator
Okamoto também realiza investigações sobre o mundo do circo e publicou o livro “Hora de Nossa Hora: o menino de rua e o brinquedo circense”, que analisa a atividade circense na educação de crianças de rua.
Fernando Araújo
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