DINOSSAUROS no festival pernambucano

Quinze cidades

Outra atração do festival pernambucano de teatro é Dinossauros, de Guilherme Reis. A estreia foi em 2005 e marcou o princípio das atividades do grupo de teatro e do Espaço Cena, localizado na 205 Norte. Apesar da proposta modesta, do cenário simples e de apenas uma dupla de atores no palco (Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi), a montagem repercutiu de forma positiva e já passou por 15 cidades brasileiras. "O bom teatro de Brasília sempre saiu. Viajo com espetáculos desde os anos 1970. Mas a estrutura de distribuição mudou. Caixa e CCBB se aparelharam. Festivais cumprem uma função importante, de investir em espetáculos não comerciais, sem se importar com a bilheteria. O Cena Contemporânea também vem contribuindo para que programadores de todo o país conheçam o que se produz aqui", acredita Reis.

As sessões em Recife serão em 29 e 30, mas o diretor já se prepara para um giro latino no segundo semestre. "Estamos trabalhando para ir a Rosário, Paraná e Buenos Aires, três cidades da Argentina", explica. O interesse dos hermanos pela montagem não é injustificado. Afinal, a montagem se baseia em texto do autor argentino Santiago Serrano. A intenção é manter a versão em português, já que, segundo Reis, o interesse dos vizinhos pela nossa língua é crescente. A expansão territorial não se limita à América Latina. Se tudo der certo e os apoios surgirem, Dinossauros poderá estrear em terras lusitanas.

Mariana Moreira
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