Histórias criadas a partir de revelações do corpo do ator
O processo de criação dramatúrgica que permeia a obra de Eduardo Okamoto é quase como um trabalho de interpretação corpórea. Por não partir de uma história determinada e, sim, do trabalho colhido pelo ator a partir de observações e imitações, a dramaturgia surge de um processo sensível sobre o que o corpo do ator deseja contar.
Em “Eldorado”, sua mais recente criação solo, Okamoto começou a pesquisar objetos, o que o levou ao instrumento da rabeca e, posteriormente, ao universo dos rabequeiros. Após a observação e convívio com instrumentistas de pequenas cidades do interior paulista, o ator construiu seu repertório de ações, que revelou a figura de um rabequeiro cego, mote para a dramaturgia do espetáculo.
“No decorrer do trabalho, percebi que estava fazendo um cego. Por isso, imaginei que ele caminhava muito. Ao mesmo tempo, quando eu tocava a rabeca nos ensaios, fixava os dois pés no chão. Então intuí uma narrativa: é um cego que está buscando alguma coisa, como um Eldorado”, conta.
“Na relação com o instrumento, ele poderá encontrar alguma pista, pois, quando tocava, fixava-se em algum lugar. Então, não foi uma narrativa que eu premeditei, mas uma tentativa de ler a narrativa que meu corpo contava. Portanto, não se trata propriamente de ensaiar a peça, mas revelar a peça que já está no meu corpo”, completa.
Com tal esboço de enredo em mente, Okamoto convidou o dramaturgo Santiago Serrano para criar breves textos, que eram trabalhados posteriormente por ele, sozinho na sala de ensaio. Durante quase um ano, a dupla trabalhou à distância. “O bom dele não me ver em cena é que propunha coisas muito diferentes do que eu estava fazendo. E isso me levava a lugares muito mais inusitados, o que tornava nossa criação um atrito difícil, mas bem mais interessante”.
Em “Eldorado”, sua mais recente criação solo, Okamoto começou a pesquisar objetos, o que o levou ao instrumento da rabeca e, posteriormente, ao universo dos rabequeiros. Após a observação e convívio com instrumentistas de pequenas cidades do interior paulista, o ator construiu seu repertório de ações, que revelou a figura de um rabequeiro cego, mote para a dramaturgia do espetáculo.
“No decorrer do trabalho, percebi que estava fazendo um cego. Por isso, imaginei que ele caminhava muito. Ao mesmo tempo, quando eu tocava a rabeca nos ensaios, fixava os dois pés no chão. Então intuí uma narrativa: é um cego que está buscando alguma coisa, como um Eldorado”, conta.
“Na relação com o instrumento, ele poderá encontrar alguma pista, pois, quando tocava, fixava-se em algum lugar. Então, não foi uma narrativa que eu premeditei, mas uma tentativa de ler a narrativa que meu corpo contava. Portanto, não se trata propriamente de ensaiar a peça, mas revelar a peça que já está no meu corpo”, completa.
Com tal esboço de enredo em mente, Okamoto convidou o dramaturgo Santiago Serrano para criar breves textos, que eram trabalhados posteriormente por ele, sozinho na sala de ensaio. Durante quase um ano, a dupla trabalhou à distância. “O bom dele não me ver em cena é que propunha coisas muito diferentes do que eu estava fazendo. E isso me levava a lugares muito mais inusitados, o que tornava nossa criação um atrito difícil, mas bem mais interessante”.
“Eldorado”, sábado 3 de julho e domingo 4 de julho as 21 hs.
No Galpão Cine Horto: rua Pitangui, 3.613, Horto
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